Leucemia: saiba identificar sintomas de câncer no sangue
Apesar da doença não ter sinais específicos, oncologista alerta sobre a importância de investigar alterações na disposição e no ânimo
atualizado
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A leucemia é um tipo de câncer caracterizado pela proliferação dos glóbulos brancos, os chamados leucócitos, que vão se acumulando na medula óssea. Essas células sofrem mutações e começam a se multiplicar de forma descontrolada, substituindo os glóbulos vermelhos e as plaquetas, células sanguíneas que também são essenciais para o funcionamento do corpo.
Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), estima-se que cerca de 11 mil pessoas são diagnosticadas com leucemia por ano no Brasil. A doença não tem sintomas específicos, de modo que o diagnóstico da doença costuma ser tardio, o que pode comprometer o tratamento.
Entretanto, o aparecimento de alguns sinais – principalmente se forem severos e se prolongarem – devem ser relatados ao médico de referência para a realização de uma investigação.
Saiba quais são os principais sinais que podem indicar leucemia:
- Cansaço;
- Manchas roxas pelo corpo;
- Fraqueza;
- Palidez.
O médico hematologista Rafael Foureaux, da Oncoclínicas Brasília, explica que o hemograma simples é capaz de detectar doenças do sangue, inclusive leucemias. Esse tipo de exame apresenta as alterações e descarta a existência de outras condições relacionadas aos mesmos sintomas, como a anemia, por exemplo.
“Sempre que ocorrerem sintomas intensos ou persistentes, é importante procurar avaliação médica”, afirma o hematologista.
De acordo com o Inca, existem mais de 12 tipos de leucemia e quatro delas são predominantes: leucemia mieloide aguda (LMA), leucemia mieloide crônica (LMC), leucemia linfocítica aguda (LLA) e leucemia linfocítica crônica (CLL).
Fatores de risco
Os grupos mais suscetíveis a desenvolverem a doença são pessoas idosas, que apresentam mutações celulares com mais frequência, e crianças. “Embora a leucemia aguda seja o câncer mais comum da infância, correspondendo a quase 30% das neoplasias nessa fase da vida, ainda assim é uma doença rara entre os pequeninos, e muito menos frequente do que nos adultos e idosos”, diz o especialista.
Tratamento
As opções de tratamento são bem variadas e vão além da quimioterapia convencional. Entre as possibilidades, estão a imunoterapia e a terapia-alvo, que é um medicamento capaz de bloquear ou ativar processos específicos nas células doentes.
O tratamento varia conforme o subtipo da doença. Em alguns casos de leucemia crônica, é possível observar o paciente por bastante tempo antes de começar a medicação. Quando a leucemia é aguda, no entanto, é importante começar o tratamento logo com quimioterapia convencional ou medicação.
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