Engenheiro assassinado nos Jardins: morre suspeito baleado em tiroteio
Wesllen Medeiros da Silva foi baleado após reagir a operação policial que buscava prender suspeitos de mataram um engenheiro nesta semana
atualizado
Compartilhar notícia
Wesllen Medeiros da Silva morreu após ter sido baleado em uma operação realizada por policiais do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) na manhã desta sexta-feira (6/6), na zona leste de São Paulo. Ele é apontado pelas investigações como um dos participantes do latrocínio (roubo seguido de morte) do engenheiro Francisco Filippo, de 57 anos, na última quarta-feira (4/6), no Jardim Paulista, bairro nobre da zona oeste paulistana.
Segundo as autoridades, o suspeito teria reagido à prisão e puxado uma arma contra os policiais envolvidos na ação. Os agentes balearam Wesllen. O suspeito chegou a ser socorrido e ficou internado em um hospital da região, mas não resistiu e morreu.
Ele é um dos dois identificados no crime que vitimou o engenheiro, ocorrido nesta semana. Além dele, as autoridades também identificaram Willian Alex Bueno, apontado como o autor do tiro na nuca de Francisco Fellipo e está foragido.
Durante as buscas na casa de Willian, os policiais encontraram as vestimentas utilizadas por ele no dia do crime — ao verificar as imagens de câmeras de seguranças (veja abaixo).
Outros presos
- Na casa de Wesllen, além do suspeito, também foram conduzidos à delegacia outros dois homens. Um deles foi preso em flagrante por porte ilegal de arma de fogo e o outro é averiguado.
- Em coletiva de imprensa, realizada na tarde desta sexta-feira (6/6), delegados do Deic afastaram a participação dos dois no latrocínio que vitimou o engenheiro.
- Apesar disso, as autoridades acreditam que os dois façam parte de uma quadrilha que faz roubos residência na cidade de São Paulo.
- Os delegados também contaram que chegaram na casa onde estavam os três suspeitos depois de localizarem o carro usado por eles em outros crimes semelhantes realizados pela quadrilha.
Dinâmica do latrocínio do engenheiro
Segundo a polícia, o latrocínio que matou Francisco fugiu um pouco do modo de atuação da quadrilha, visto que os criminosos agiram em pouco tempo — foram cerca de 10 minutos desde a invasão à casa e a fuga.
Imagens de câmeras de segurança flagraram o momento em que o carro usado pela quadrilha deixa a garagem da residência da vítima, no Jardim Paulista.
Veja:
No registro, é possível ver um Hyundai HB20 prata saindo da garagem da residência na noite da quarta-feira. Quando faz a manobra de ré para ar a rua, o motorista bate a frente do veículo em uma árvore da calçada. Um vigilante vê toda a ação.
“O que chamou a atenção é que o senhor que trabalha aqui ao lado, que é o vigilante, achou estranho quando sai um carro [da casa] e bate na árvore”, detalha a diretora do DHPP, Ivalda Aleixo. “Aí sim, ele achou que tinha acontecido alguma coisa, um carro que ele nunca viu.”
A polícia ainda investiga se houve a participação de algum informante, mas, até o momento desta publicação, trabalha com apenas quatro envolvidos. Dois ainda não foram identificados.
O mesmo veículo que aparece na imagens foi localizado e apreendido a cerca de 2 quilômetros do local do assalto, na Rua Guararu, em Moema, na zona sul da cidade. De acordo com a polícia, a placa estava adulterada.
De acordo com o Deic, os criminosos conseguiram entrar na casa usando um controle clonado. As autoridades acreditam que os suspeitos conheciam a dinâmica da casa. Eles tinham conhecimentos de horários de entrada e saída de pessoas, o que explica a ação rápida e coordenada.
A corporação também afirmou que não acredita que o engenheiro tenha reagido à ação dos assaltantes, mas que pode ter sido baleado por tentar fugir do local.
Joias e relógios
- De acordo com o boletim de ocorrência, ao qual o Metrópoles teve o, a suíte da casa foi revirada pelos criminosos, que buscaram embalagens de relógios e joias.
- Durante a perícia, foram apreendidos dois aparelhos celulares e um clipe de papel. Um dos celulares, localizado no chão, sob a mesa de jantar, não foi reconhecido pelos moradores, levantando a hipótese de que pertença a um dos autores do crime. O outro aparelho foi encontrado sobre uma cômoda na sala de estar, enquanto o clipe estava no chão.
- O caso foi registrado como latrocínio e localização/apreensão de veículo no 15° Distrito Policial, que requisitou assessoramento ao DHPP. Atualmente, as investigações seguem pelo Deic.
- Exames periciais foram requisitados e diligências estão em andamento para identificar os autores e esclarecer os fatos, de acordo com a SSP.
- Francisco Filippo era dono de uma construtora com sede no bairro Jardim Paulista. Fundada em 1992, a Construtora Filippo afirma em seu site oficial que tem a sua atuação focada no desenvolvimento de apartamentos e propriedades para locação.
