Israel ataca Gaza: mortes somam 436 em 2 dias; sede da ONU é atingida
O exército israelense informou que continua a atacar “alvos terroristas na Faixa de Gaza para eliminar qualquer ameaça aos israelenses”
atualizado
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As ofensivas de Israel contra o grupo palestino Hamas, em Gaza, continuam no segundo dia, nesta quarta-feira (19/3), resultando nas mortes de 436 pessoas, incluindo 183 crianças, e 678 feridos, segundo o balanço do Ministério da Saúde de Gaza, contabilizando desde essa terça-feira (18/3).
O Gabinete de Imprensa de Gaza também afirmou que os ataques atingiram uma instalação das Organizações das Nações Unidas (ONU), mas Israel negou.
Ataques israelenses
- Na madrugada dessa terça, pelo horário local — noite de segunda-feira (17/3) no Brasil —, as Forças de Defesa de Israel realizaram uma série de ataques contra a Faixa de Gaza.
- A ofensiva marca a primeira grande operação militar na região desde o início do cessar-fogo com o grupo Hamas, em janeiro deste ano.
- A retomada dos ataques gerou revolta em diversos países, especialmente entre os principais mediadores do cessar-fogo, como o Egito, que condenou os ataques e rejeitou a “agressão de Israel ”.
O exército israelense informou que continua a atacar “alvos terroristas na Faixa de Gaza para eliminar qualquer ameaça aos civis israelenses”.
O rompimento do cessar-fogo aconteceu após o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu afirmar que o Hamas recusou a libertação de reféns em Gaza e rejeitar todas as propostas de negociação. “Israel atuará, a partir de agora, contra o Hamas com força militar crescente”, disse Netanyahu.
O Ministério da Saúde de Gaza informou que houve uma morte e 5 feridos em estado grave, resultantes dos ataques desta quarta (19/3), sendo trabalhadores da ONU que foram atingidos em Deir el-Balah.
No entanto, o exército de Israel negou a acusação e afirmou que não atacou o complexo da ONU. Os militares emitiram novas ordens de evacuação para os moradores de uma área no norte de Gaza.
A Marinha israelense atingiu diversas embarcações na área costeira da Faixa de Gaza que, segundo o exército, “seriam usadas para atividades terroristas pelo Hamas e pela Jihad Islâmica”.