Imprensa internacional aclama O Agente Secreto após estreia em Cannes
Estrelado por Wagner Moura, O Agente Secreto estreou no Festival de Cannes neste domingo (18/5)
atualizado
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Estrelado por Wagner Moura e dirigido por Kleber Mendonça Filho, o filme O Agente Secreto estreou neste domingo (18/5) durante o Festival de Cannes. A produção foi aclamada por críticos de cinema que assistiram a obra em primeira mão e recebeu 13 minutos de aplausos durante o evento, a maior duração do festival até então.
A obra concorre à Palma de Ouro em Cannes, uma das maiores honrarias do cinema mundial. Além disso, o filme conquistou parte da crítica internacional, que exaltou a produção.
O projeto, inclusive, tinha nota 86 no Metacrit e 100% no Rotten Tomatoes, sites que agregam críticas de cinema e televisão, nesta segunda-feira (19/5). A aprovação também aparece entre os jurados do festival francês: com média 3,67/5, ele tem a maior nota entre os filmes concorrentes que foram exibidos até agora.
Do que se trata O Agente Secreto
- O longa acompanha a vida de Marcelo (Wagner Moura), um especialista em tecnologia que retorna a Recife após anos fora em busca de paz.
- Ao chegar lá, ele descobre que sua cidade natal esconde perigos e segredos inquietantes.
- O filme é ambientado em meio a Ditadura Militar do Brasil, no ano de 1977.
- Estão no elenco os atores: Wagner Moura, Maria Fernanda Cândido, Gabriel Leone, Alice Carvalho, Carlos Francisco, Roberio Diogenes, Hermila Guedes, Isabél Zuaa, Laura Lufési, Roney Villela, Fafá Dantas, Isadora Ruppert, Ítalo Martins, Kaiony Venâncio, Geane Albuquerque, João Vitor Silva, Nivaldo Nascimento, Cely Farias, Albert Tenório, Lula Terra, Priscila Ferraz, Igor de Araújo, Ane Oliva, Joálisson Cunha e Buda Lira.
Veja as críticas da imprensa internacional
Segundo o crítico David Rooney, do The Hollywood Reporter, o filme consegue ser “emocionante” a partir de momentos de “humor anárquico em meio a um suspense genuíno”. David também chamou o thriller político de “magistral”.
Entre os destaques de Peter Debruge, da Variety, está a capacidade de Kleber Mendonça Filho de transportar o público no tempo com “seu calor opressivo e paranoia”. Ele também pontuou que o diretor demonstra no filme como “até mesmo os piores momentos podem inspirar uma espécie de nostalgia perversa”.
Para Matt Neglia, do Next Best Picture, a mensagem contundente por trás do filme e as escolhas ousadas dele para a narrativa “fazem dela um capítulo da história que vale a pena explorar”. Além disso, o crítico destacou que O Agente Secreto “não é uma história de espionagem convencional e é ainda mais fascinante por isso”.
Já Carlos Aguilar, de The Playlist, destacou que o filme é um “épico tematicamente rico” e que aborda as “nuances culturais desafiadoras da relação entre o Norte e o Sul do Brasil, ao mesmo tempo em que explora as cicatrizes persistentes do racismo presentes no país desde os tempos coloniais”.
David Ehrlich, do IndieWire, exaltou a direção de Kleber Mendonça Filho e afirmou que ele “exuma o ado como base para uma história puramente ficcional e, ao fazê-lo, articula como a ficção pode ser ainda mais valiosa como veículo para a verdade do que como ferramenta para encobri-la“.
