TCDF inspeciona obras de juntas de dilatação na Ponte JK
O contrato prevê a recuperação dos 12 blocos e pilares de sustentação da ponte, além da substituição dos cabos e da pintura anticorrosiva
atualizado
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O Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF) inspecionou as obras de juntas de dilatação na Ponte JK, na noite dessa quarta-feira (4/6). A reforma deve garantir mais segurança e durabilidade à estrutura de transporte.
O relator do processo de fiscalização da obra, conselheiro Renato Rainha, participou junto com auditores do TCDF, da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap) e representantes da empresa contratada.
“A ponte é uma infraestrutura fundamental para a cidade e precisa ter sua vida útil preservada com qualidade e segurança”, afirmou Renato Rainha. Sem as juntas, a estrutura pode sofrer fissuras, trincas ou até falhas.
O monitoramento começou às 21h, horário de início dos trabalhos, para minimizar os transtornos no trânsito. Os integrantes da corte de contas acompanharam a instalação das novas juntas de dilatação.
Componentes fundamentais para a preservação da integridade da ponte, as juntas foram fabricadas na Itália. São semelhantes às originais e foram projetadas para oferecer maior resistência, durabilidade e segurança à estrutura.
As juntas de dilatação permitem que a ponte absorva movimentos naturais decorrentes da variação de temperatura, vibrações, peso dos veículos e até acomodação do solo.
Março
Em março, Rainha e os auditores da Corte já haviam se reunido com gestores da Novacap para discutir pontos críticos do edital, como a matriz de riscos, o orçamento, as garantias e o impacto no trânsito.
Um dos alertas do Tribunal se refere às juntas de dilatação, que foram substituídas parcialmente entre 2020 e 2021, mas voltaram a apresentar problemas em menos de três anos.
Técnicos da Novacap asseguraram que agora estão adotando critérios rigorosos de desempenho e exigindo garantias, tanto para as juntas quanto para outros elementos da estrutura, como os cabos e a pintura.
A troca das juntas é a primeira fase da reforma. O custo total será de R$ 92 milhões. O contrato prevê a recuperação dos 12 blocos e pilares de sustentação da ponte, além da substituição dos cabos e da pintura anticorrosiva.
Preocupação
Uma das preocupações do TCDF é o diagnóstico da real situação dos blocos de sustentação, já que inspeções anteriores indicaram a existência de fissuras e possível deterioração do concreto pela ação da água.
A Novacap incluiu no contrato uma modelagem estrutural em 3D e ensaios de contraprova, além de utilizar equipamentos especializados, como microscópio eletrônico de varredura, para verificar as condições dos pilares.
Segundo a Novacap, os trabalhos seguem em ritmo planejado e a estratégia de interdições noturnas foi adotada para reduzir o impacto na mobilidade, com bloqueio de faixas alternado, evitando a interdição total da ponte.