Serial Killer diz ser “escolhido por anjos” para matar mulher trans
O criminoso disse que, durante todo o tempo, foi guiado e recebeu ordens do arcanjo, que o teria escolhido por sua “habilidade para matar”
atualizado
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Albino Santos de Lima, conhecido como o serial killer de Alagoas, afirmou durante o júri popular realizado nesta sexta-feira (6/5), no Fórum do Barro Duro, em Maceió (AL), que matou a mulher trans Louise Gbyson Vieira de Melo após ser tomado pelo que chamou de “fogo do arcanjo Miguel”. A vítima foi morta com tiros na cabeça na noite de 11 de novembro de 2023,
Segundo o criminoso, seu corpo teria sido apenas um instrumento, cabendo ao arcanjo a responsabilidade intelectual pelo crime. O criminoso ainda acrescentou que, durante todo o tempo, foi guiado e recebeu ordens do arcanjo, que o teria escolhido por sua “habilidade para matar”.
No entanto, o promotor de Justiça Vilas Boas, do Ministério Público de Alagoas (MPAL), apresentou aos jurados o laudo pericial que comprova que o réu é plenamente imputável — ou seja, tinha total consciência de seus atos no momento do crime. Com isso, o promotor desmontou a tese da defesa, que alegava que o acusado não poderia ser responsabilizado integralmente por seus atos.
Traços de psicopatia
Durante a argumentação, o MP voltou a afirmar que Albino apresenta traços de psicopatia e não possui valores morais. Em tom crítico, o promotor ironizou a estratégia da defesa, que pedia a condenação “filosófica do arcanjo Miguel”. Ele rebateu: “O tribunal do júri não é lugar para se fazer filosofia”.
Conhecido como o “serial killer de Maceió”, Albino responde por 18 assassinatos e outras sete denúncias, segundo o Ministério Público. Desta vez, é julgado pelo feminicídio de Louise, uma mulher trans, morta com tiros na cabeça na noite de 11 de novembro de 2023, no bairro Vergel do Lago.